Índice de executivas em grandes empresas é pequeno

LUCAS KREMPEL
Preconceito é uma das barreiras que impedem o avanço das mulheres em cargos de destaque

A competição com os homens na hora de buscar promoções dentro de grandes empresas continua desigual para as mulheres, apontam especialistas. “A mulher ainda tem uma participação pequena em cargos executivos. Há muito preconceito na hora de competir com eles”, afirma a coach Nadir Paes.

Silvia-Fazio-Director-President,-WILL-Brazil-NGO-Woman-in-Leadership-in-Latin-America-6Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 13% das mais de 8 milhões de empresas existentes no Brasil têm mulheres em cargos de direção.

Presidente da ONG Women in Leadership in Latin America (Will), a advogada Silvia Fazio acredita que as mulheres possuem um jeito diferente de fazer negócios. E as empresas que investem nelas conseguem bons resultados.

“As mulheres têm uma preocupação muito grande de envolver as pessoas nos projetos. Elas têm outras características que as diferem dos homens. São mais conservadoras e avessas a riscos”, afirma.

Silvia não acredita que o escândalo deflagrado pela Operação Lava Jato, durante a gestão da ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, tenha prejudicado a figura da mulher no comando de grandes empresas.

“Está provado em estudos que as mulheres estão menos próximas da corrupção”, diz. “É como aquela conversa: ‘minha chefe mulher foi muito pior que meus chefes homens’. São poucas referências femininas. A pessoa que fala isso teve chefes homens ruins e bons”, completa.

A sensibilidade das mulheres não é um entrave para o desenvolvimento profissional, segundo Silvia. “A mulher sensível não é menos capaz que o homem. Só muda na hora de tratar negócios”.

Objetivos

Na presidência da Will, Silvia reforça que o objetivo é ser a voz das mulheres na América Latina e promover a liderança da mulher latina nas grandes empresas.

“Fazemos conferências para conscientizar os homens nas grandes empresas, mostramos os resultados obtidos com as mulheres, promovemos diálogos com as universidades. É importante envolver o jovem nesse assunto”, diz.

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