A vitória na Pesquisa do Prêmio Mulheres na Liderança foi um indicativo para a Diageo de que as ações e programas com foco em diversidade e inclusão implementadas pela empresa estavam dando bons resultados, além de ser um estímulo para novas iniciativas. A companhia foi a vencedora na categoria Alimentos e Bebidas no ano passado.
“Este prêmio faz parte do pilar de reputação da Diageo, pois está diretamente conectado com os objetivos de atração e retenção de mulheres que se identifcam com a empresa,desejando permanecer ou trabalhar em um local com equidade de gênero nos salários, oportunidades de desenvolvimento e benefícios”, avalia Patrícia Barbelli, diretora regional das áreas Jurídica, Segurança Corporativa e Proteção à Marca na Diageo e também conselheira da WILL.
Segundo ela, o prêmio também estimula e engaja dezenas de funcionários que participam dos grupos de afnidade e comitê de diversidade e que trabalham diariamente desenvolvendo ações tanto para as questões de gênero como de outras frentes referentes à diversidade.A conquista do prêmio deu um estímulo para a empresa, que promoveu novas ações. Uma das inciativas é o Treinamentode Liderança Inclusiva, cujo objetivo principal é garantir que a liderança tome decisões livre de vieses (“bias”) e com consciência sobre a importância da diversidade.
O tema da diversidade, aliás, é um dos pilares estratégicos globais da empresa, que aumentou o número de colaboradores negros de 9% para 16% no Brasil. “Estamos trabalhando a interseccionalidade entre gênero e raça, aumentando o número de mulheres negras, que representam a base da pirâmide para transformação na representatividade da companhia”, conta Patrícia.
Outra iniciativa relevante foi a publicação da política de Dignidade no Trabalho, que aborda temas como discriminação,bullying, assédio sexual e moral. Para tanto, a equipe de recursos humanos realiza treinamentos virtuais e com aulas de reforço presenciais com o objetivo de alcançar todos os colaboradores. “O tema é muito importante, principalmente para as mulheres que atuam em vendas nos bares e restaurantes e estão mais vulneráveis a atos de assédio e discriminação”, conta Patrícia.
Uma ação inovadora foi a extensão para seis meses da licença paternidade, que já era existente para mulheres, isto é,independente do gênero. O Brasil, inclusive, lidera o ranking do número de funcionários homens que aderiram à iniciativa.“É importante ressignifcar o papel do homem como pai e criar um ambiente equânime de oportunidade de carreira.
Em outras palavras, o homem está cada vez mais ocupando seu papel no cuidado da casa e dos filhos, o que possibilita o equilíbrio para que o casal possa ter pé de igualdade nas escolhas de carreira”.No Brasil, a participação de mulheres na alta liderança dobrou de 22% para 50% nos últimos dois anos, enquanto no time de vendas passou de 25% para 31%. O escritório de São Paulo, por exemplo, retrata um ambiente corporativo mais igualitário, em que do total de 350 colaboradores, 49% são compostos por mulheres e 51% por homens.