Nova edição olha mais a fundo a diversidade e a inclusão e todas as interseccionalidades existentes.

Por Stela Campos — De São Paulo

Desde que a pesquisa “Mulheres na Liderança” começou a ser realizada, há cinco anos, alguns sinais positivos de mudanças nas práticas que ajudam as profissionais a ingressarem e ascenderem nas empresas foram notados, acredita Silvia Fazio, presidente da ONG Women in Leadership in Latin America (WILL).

O primeiro deles, segundo ela, é a maior participação da alta liderança na defesa dessa agenda. O segundo é o surgimento de áreas específicas dedicadas à diversidade, com orçamento próprio e independentes dentro das empresas, e o terceiro é o crescimento de ações direcionadas na área de recrutamento e seleção. Mas ela destaca que ainda há um longo

Esta será a quarta edição da pesquisa da WILL realizada com o Valor, “O Globo”, “Marie Claire” e “Época Negócios”, e com o apoio metodológico da Ipsos. “Nesta edição vamos ter mais perguntas específicas sobre raça, etnia, faixa etária, profissionais 50+, LGBTQIA + e mulheres PCDs. “A pesquisa se tornou ainda mais abrangente”, explica Priscilla Branco, gerente sênior de public affairs e reputação corporativa da Ipsos. Ela conta que também foram feitos ajustes no questionário para facilitar a experiência da empresa que está se inscrevendo. “Ele ficou bem mais fluido, mas mantivemos o que era necessário para não perdermos a comparação histórica com os anos anteriores da pesquisa”,

Esta é a quarta edição em que o estudo é realizado com a metologia do Instituto Ipsos e o quinto desde que foi criado pela WILL.

Uma das preocupações na nova edição da pesquisa foi trazer mais questões sobre o contexto atual e pós-pandemia que podem influenciar novas ações nas práticas. “Estamos perguntando mais sobre a inclusão das profissionais 50+, por exemplo”, conta Silvia Fazio. “O etarismo é uma questão que está sendo mais discutida nas companhias, então trouxemos perguntas ao longo da pesquisa que vão refletir esse debate geracional”, explica. O tempo estimado de resposta do questionário com 60 perguntas é de 40 a 60 minutos.

A pesquisa vai analisar e reconhecer as empresas que se destacarem em seis eixos temáticos: estratégia e estrutura; recrutamento, seleção e retenção; qualificação e incentivo à liderança feminina; equilíbrio entre trabalho e vida pessoal; mulheres e interseccionalidade; e atuação externa. Também serão reconhecidas companhias em categorias setoriais, destaque geral e nacional. E ainda as que mais promovem mulheres negras e aquelas com maior presença feminina nos conselhos. “Essas últimas são duas questões importantes e com essas premiações salientamos a importância dessas causas”, afirma Fazio.

Ela acredita que o momento atual das companhias no que tange à diversidade é de consolidar as práticas relacionadas à agenda ESG, que ganharam relevância nos últimos dois anos. “Olhar mais para a diversidade é uma decisão de negócios e de estratégia para companhias de todos os setores”, ressalta. E o envolvimento da alta liderança para que essas práticas sejam ampliadas é uma demanda da sociedade e também dos próprios funcionários. “É uma questão que influencia hoje até a atratividade de talentos”, lembra Branco, da Ipsos.

O objetivo da pesquisa é mostrar o que de fato as empresas estão fazendo e premiar aquelas que estão um passo adiante na jornada de ampliar a participação feminina, em todas as interseccionalidades, até os cargos de liderança. Fazio lembra que para as empresas participantes é uma oportunidade de obter um autodiagnóstico a respeito das ações tomadas em prol da igualdade de gênero e de compará-las ao que o mercado está fazendo. Todas as empresas inscritas receberão um relatório das melhores práticas globais e setoriais. Para participar da nova edição, é preciso se inscrever, gratuitamente, até dia 28 de outubro no site: www.latamwill.org/mulheres-na-lideranca/

https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/10/03/aberta-a-inscricao-para-o-premio-mulheres-na-lideranca-em-2023.ghtml

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